A
Casa do Iphan irá sediar um dos eventos, o Espaço Educar para Transformar, da
Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece de hoje (14) a
18 de outubro. Outras atividades serão realizadas em diversos pontos da cidade histórica
de Cachoeira, tombada pelo Iphan em 21
de setembro de 1971.
A maior parte da programação acontece no anfiteatro Espaço Educar para Transformar, como
saraus, oficinas, encontros literários, apresentação de coral e mostras de
projetos estruturantes de arte e cultura desenvolvidos por estudantes das
escolas estaduais, dentre os quais, está a exposição da Educação Patrimonial e
Artística (EPA) e o Sarau Literomusical. Outra atividade de destaque será o lançamento
de 19 obras de literatura infantil no dia 15, às 15 horas. Os livros escritos
por 16 autores baianos serão distribuídos nas escolas públicas das redes
municipais e estadual de ensino na Bahia.
As
atividades da Flica são relacionadas às áreas de cultura, educação e turismo e
destinadas para público adulto e infanto-juvenil. O Governo do Estado da Bahia
é um dos responsáveis pela viabilização da Flica, através do programa de
incentivos fiscais, Fazcultura, uma parceria das secretarias estaduais da
Cultura e da Fazenda.
A Casa do Iphan é um sobrado de estilo colonial construído em
1723, situado à Praça da Aclamação, onde funciona o Escritório Técnico e o
Museu. O imóvel destaca-se
por suas características arquitetônicas, sendo uma das mais ricas e imponentes
residências baianas. Divide-se em loja, sobreloja (de reduzido pé-direito) e
pavimento nobre. Além da função de abrigar os produtos da loja durante as
enchentes do rio Paraguaçu, a sobreloja tinha função defensiva, a julgar pelas
seteiras (frestas estreitas abertas nas paredes por onde se combatia invasores)
apontadas para a praça. Duas lojinhas, em níveis diferentes no último
pavimento, se articulam ao corpo central, por meio de varanda em "L".
Destacam-se também os tetos em caixotões, além das esquadrias almofadadas da
fachada e armários embutidos decorados existentes nos salões onde os visitantes
eram recebidos e ocorriam festas e banquetes
Cidade histórica de
Cachoeira
Cachoeira,
localizada no Recôncavo Baiano, é tombada pelo Iphan por seu valor
arquitetônico e paisagístico. É uma cidade de tipologia simples, monuclear,
desenvolvida segundo uma matriz linear paralela ao rio, com trama de ruas
irregulares, que se acomodam à topografia local.
O
conjunto arquitetônico, formado na sua maioria por edifícios do século XVIII e XIX,
caracteriza-se pela unidade tipológica e figurativa, devido em larga escala à
tendência neoclássica que, no século passado, construiu novos prédios e reformou
os antigos. As formas de apropriação do sítio transformaram a cidade num bem de
relevantes qualidades paisagísticas.
Monumentos e espaços públicos tombados
Conjunto do Carmo; Capela Nossa Senhora D’Ajuda; casa à
Praça Dr. Aristides Milton (23-A); igrejas do Rosarinho e Cemitério dos Pretos,
Nossa Senhora do Monte, Matriz de Nossa Senhora do Rosário, de Matriz de
Santiago do Iguape (localizada no distrito de Iguape); imóveis nas ruas
Benjamin Constant - antigo Arquivo Público Municipal (nº 17), Ana Nery (nºs 02
e 25), Sete de Setembro (nº 34), 13 de Maio (nº 13); nova sede da Fundação
Hansen (Quarteirão Leite Alves); e Orla de São Félix, entre outros. Os bens móveis
- como cinco jarras de louça da Fábrica de Santo Antônio do Porto - foram
tombados em 1939. Leia mais
Fonte:
Ascom – Iphan - Ba