segunda-feira, 14 de julho de 2014

IPHAN aprova o tombamento definitivo da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em Salvador

 
O templo abriga em seu altar um grande acervo de imagens barrocas da escola baiana do século XVIII
 
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) aprovou o tombamento definitivo da Igreja de Nossa Senhora da Vitória e seu acervo móvel e integrado, construída em Salvador (BA) pelos portugueses no século XVI. A inscrição foi realizada no Livro do Tombo Histórico e no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

 
A igreja, segunda mais antiga do país, pertence a Arquidiocese de São Salvador da Bahia e está situada na praça Rodrigues Lima, largo da Vitória, em Salvador (Ba), próxima aos Museu Carlos Costa Pinto, Museu de Arte da Bahia e Museu Geológico.
 
Obras de restauração
A Igreja Nossa Senhora da Vitória passa por uma grande restauração, com a demolição de todas as construções acrescidas ao templo nos últimos anos, o que possibilitará o retorno à feição do início do século XX. As obras fazem parte de contrapartida oferecida pelas empresas MRM Construtora Ltda. e João Fortes Engenharia S.A. para a construção do empreendimento Mansão Wildberger, e estão contempladas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 30 de junho de 2009 com a Arquidiocese de São Salvador da Bahia, o IPHAN, Município do Salvador e SUCOM.
 
O superintendente do IPHAN na Bahia, Carlos Amorim, acompanhado pelo coordenador técnico do Instituto, Bruno Tavares, e do Pe. Luís Simões, fizeram, na última quarta-feira (09), uma vistoria às obras de restauração, cuja conclusão está prevista para o final deste ano.
 
Uma das mais antigas do país
Construída no ano de 1561, a Igreja foi reformada diversas vezes e em 1910 teve sua fachada reformulada, incorporando elementos de estilo neoclássico. Em sua fachada branca com frontão triangular greco-romano sobre colunas apresenta-se repleta de talhas, frisos, guirlandas e festões. No seu interior encontram-se imagens barrosas do século XVIII, e suas paredes são adornadas com afrescos dos Passos da Paixão.
 
A localização da obra agrega à construção um alto valor paisagístico, e todo seu entorno também obedecerá às regras de tombamento. A Igreja abriga notáveis obras de arte de Joaquim Pereira de Matos Roseira (1789-1885).
 
Fonte: Ascom – IPHAN - BA