terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Samba de roda baiano é considerado uma das fontes do samba carioca, símbolo do Carnaval e da brasilidade



De origem afro-baiana, o samba descende do lundu usado nas festas dos terreiros entre umbigadas e pernadas de capoeira

Característica marcante do Brasil, o samba cresce e se reinventa. Samba-canção, samba de breque, samba de roda, samba-enredo, samba rock são alguns de seus derivados. O samba de roda do recôncavo baiano foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2004 e proclamado Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2005.

Os primeiros registros do samba de roda, já com esse nome e com muitas das características que ainda hoje o identificam, datam dos anos 1860.

Historiadores da música popular consideram o samba de roda baiano como uma das fontes do samba carioca que veio a tornar-se, no decorrer do século XX, um símbolo de brasilidade.

A origem do samba carioca remete à migração de negros baianos para o Rio de Janeiro ao final do século XIX, que teriam buscado reproduzir seu ambiente cultural de origem, onde a religião, a culinária, as festas e o samba eram partes destacadas.

As famosas tias baianas, como tia Amélia, tia Perciliana e sobretudo tia Ciata e seus filhos, Donga e João da Baiana, tiveram papel importante na fase pioneira do samba no Rio de Janeiro, sobretudo até meados dos anos 1920.

Em 1917, foi gravado em disco o primeiro samba, “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro de Almeida. Aos poucos o ritmo chegava ao mercado fonográfico, até se popularizar com o surgimento do rádio e ser aceito pela classe média.

No início do século XX, foi adotado por compositores como Ernesto Nazareth, Noel Rosa e Cartola, que o retiraram da obscuridade e o legitimaram na cultura oficial.

Depois disso, o samba de Roda baiano continuou sendo uma das referências do samba nacional, presente nas obras de Dorival Caymmi, João Gilberto e Caetano Veloso, assim como na ala das baianas das escolas de samba e nas letras de inúmeros compositores de todo o País.

Dia do Samba

O Dia do Samba é comemorado nacionalmente em 2 de dezembro e foi criado em homenagem a Ary Barroso, pela composição da música  “Na Baixa do Sapateiro”, que marcou sua primeira visita à Salvador. Inicialmente, a data era festejada apenas na capital baiana, mas acabou se tornando nacional. 
Edevaldo e As Gatas cantam "Nega do cabelo duro", no Programa"Abre Alas"em 1982, na série TV faz bem à memória.


Foto: Reprodução

Fonte: Iphan