De origem afro-baiana, o
samba descende do lundu usado nas festas dos terreiros entre umbigadas e
pernadas de capoeira
Característica
marcante do Brasil, o samba cresce e se reinventa. Samba-canção, samba de
breque, samba de roda, samba-enredo, samba rock são alguns de seus derivados. O
samba de roda do recôncavo baiano foi registrado como Patrimônio Cultural do
Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em
2004 e proclamado Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela
Unesco em 2005.
Os
primeiros registros do samba de roda, já com esse nome e com muitas das
características que ainda hoje o identificam, datam dos anos 1860.
Historiadores da música popular consideram o samba de roda
baiano como uma das fontes do samba carioca que veio a tornar-se, no decorrer
do século XX, um símbolo de brasilidade.
A origem do samba carioca remete à migração de negros baianos
para o Rio de Janeiro ao final do século XIX, que teriam buscado reproduzir seu
ambiente cultural de origem, onde a religião, a culinária, as festas e o samba
eram partes destacadas.
As
famosas tias baianas, como tia Amélia, tia Perciliana e sobretudo tia Ciata e
seus filhos, Donga e João da Baiana, tiveram papel importante na fase pioneira
do samba no Rio de Janeiro, sobretudo até meados dos anos 1920.
Em
1917, foi gravado em disco o primeiro samba, “Pelo Telefone”, de Donga e Mauro
de Almeida. Aos poucos o ritmo chegava ao mercado fonográfico, até se
popularizar com o surgimento do rádio e ser aceito pela classe média.
No
início do século XX, foi adotado por compositores como Ernesto Nazareth, Noel
Rosa e Cartola, que o retiraram da obscuridade e o legitimaram na cultura
oficial.
Depois
disso, o samba de Roda baiano continuou sendo uma das referências do samba
nacional, presente nas obras de Dorival Caymmi, João Gilberto e Caetano Veloso,
assim como na ala das baianas das escolas de samba e nas letras de inúmeros
compositores de todo o País.
Dia
do Samba
O Dia do Samba é comemorado nacionalmente em 2 de dezembro e foi
criado em homenagem a Ary Barroso, pela composição da música “Na Baixa do
Sapateiro”, que marcou sua primeira visita à Salvador. Inicialmente, a data era
festejada apenas na capital baiana, mas acabou se tornando nacional.
Edevaldo e As Gatas cantam "Nega do cabelo duro", no Programa"Abre Alas"em 1982, na série TV faz bem à memória.
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Reprodução
Fonte: Iphan