O IPHAN realiza obras de
conservação e restauração no templo, tombado
em 1941
A presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), Jurema Machado, visitou nesta terça-feira, dia 08 de abril, a
Igreja São Pedro dos Clérigos, localizada no Terreiro de Jesus, no Centro
Histórico de Salvador (BA), acompanhada do diretor do PAC Cidades Históricas,
Robson Almeida, e do superintendente do IPHAN-BA, Carlos Amorim. O Instituto
realiza obras de conservação e restauração dos bens móveis e integrados do
templo, com recursos em torno de R$ 2 milhões. O monumento, do século XVIII, é
individualmente tombado pelo IPHAN desde 1941.
A previsão é que as obras estejam concluídas em junho, devolvendo à Igreja sua
integridade física e estética. O templo encontrava-se degradado nos aspectos
físicos, sem manutenção e em precário estado de conservação. Este ano, passaram
por restaurações o machetado, a capela-mor, as tribunas, os forros, as imagens
de Nossa Senhora das Portas do Céu, Santo Amaro, Nossa Senhora da Conceição,
Santa Luzia e os Evangelistas. Estão em restauro as imagens de São Paulo, São
Pedro, Santo Eloy, Cristo Crucificado, a pintura paretal da Sala de
Consistório, os alteres colaterais, os púlpitos, o piso e o ossário composto
por lápides.
Para sanar os pontos mais críticos e que apresentavam riscos para a edificação foram realizadas pelo IPHAN, numa primeira etapa, diversas outras obras, como a substituição do madeiramento da cobertura deteriorado pela ação de cupins e umidade, novo telhamento com grampeamento individual das telhas com fios de aço inox, assentamento de manta de subcobertura para evitar infiltrações nos forros artísticos e pisos centenários de madeira; remoção de toda a rede elétrica antiga e instalação de nova com projeto de luminotecnia, tanto interna como externamente, para valorização dos seus elementos artísticos; instalação de equipamentos de segurança contra incêndio; reforço metálico de estruturas de piso e cobertura na área do anexo da Irmandade; restauração de esquadrias de madeira (portas e janelas), bem como gradis metálicos.
Além disso, o forro artístico do átrio (trecho sob o coro) foi restaurado já que havia risco de desabamento da estrutura de sustentação e a pintura artística original estava encoberta sob diversas camadas de repinturas. Outros elementos artísticos também foram objetos de intervenção, merecendo destaque as sanefas e mísulas em madeira dourada, localizadas próximas a esse forro e cujo entalhe e douramento foram restaurados, resgatando toda a sua leitura artística e estilística.
Foto
e texto: Ascom – IPHAN-BA