Na
Festa da Apresentação do Senhor e Purificação de Nossa Senhora, realizada neste
domingo (02), em Santo Amaro, a comunidade foi presenteada com a notícia de
restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação. O superintendente
do IPHAN na Bahia, Carlos Amorim, autorizou a publicação do edital de licitação
para a contratação dos projetos executivos para o espaço religioso contemplado pelo PAC-Cidades Históricas. O prazo para a conclusão dos
serviços é de 03 meses.
Será empregado o montante de cerca de R$ 250 mil, para projetos arquitetônico, de recuperação de bens móveis e integrados (que incluem altares, forros, azulejaria, etc.); projetos estruturais; de instalações elétrica, hidráulica, sonorização, hidrossanitária; iluminação interna e iluminação cênica; segurança patrimonial; prevenção e combate a incêndio. Após esta etapa, serão contratadas as obras para a restauração total da Igreja, estimadas em R$ 4 milhões.
Segundo Carlos Amorim, a intervenção é parte de uma serie que o IPHAN fará no município. Ao todo, R$ 31 milhões de recursos do PAC Cidades Históricas serão aplicados nas novas obras, que possuem previsão de início para este ano.
A Festa
Devotos
da Virgem da Purificação, associações religiosas, filarmônicas e a população de
Santo Amaro participaram da procissão ao redor da cidade. O fechamento foi com
a benção do Santíssimo Sacramento na praça central da cidade. Mais de 30 mil
pessoas participaram da solenidade, entre elas a cantora Maria Betânia, e o
secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, representando o governo baiano.
(Foto de Vicente)
A
construção da atual matriz foi iniciada em 1706. Em 1727 encontrava-se coberta
e rebocada. Ampliada em 1750, a igreja só foi realmente concluída no final do
séc. XVIII. O edifício de planta inscrita em retângulo, apresenta nave e
transepto, duas sacristias e tribunas com paredes erguidas em alvenaria mista
de pedra e tijolo. Como sua construção demorou quase um século, a igreja foi se
adaptando aos modismos de cada época e acabou se convertendo em uma igreja do
tipo comum no séc. XVIII. Durante estas modificações o corredor lateral foi
transformado em capelas secundárias. Suas fachadas testemunham o lento
desenvolvimento das obras incluindo desde janelas com conversadeiras do início
do século até janelas de coro com cercadura no estilo D. Maria I, da segunda
metade do século. Flanqueando o frontão de volutas com nicho central
encontra-se torres com terminações bulbosas revestidas de azulejos. No seu
interior, modificado na década de 1920, destacam-se os forros com pintura
ilusionista da nave e transepto, dez painéis figurados de azulejo, o acervo de
imagens e alfaias.
A
Igreja (e todo o seu acervo) é tombada pelo IPHAN desde 1941 e está inscrita nos
Livros de Tombo Histórico e das Belas Artes.
Fonte:
Ascom – IPHAN-BA