segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PAC Cidades Históricas irá restaurar Igreja de Nossa Senhora da Purificação, em Santo Amaro



Na Festa da Apresentação do Senhor e Purificação de Nossa Senhora, realizada neste domingo (02), em Santo Amaro, a comunidade foi presenteada com a notícia de restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação. O superintendente do IPHAN na Bahia, Carlos Amorim, autorizou a publicação do edital de licitação para a contratação dos projetos executivos para o espaço religioso contemplado pelo PAC-Cidades Históricas. O prazo para a conclusão dos serviços é de 03 meses.

Será empregado o montante de cerca de R$ 250 mil, para projetos arquitetônico, de recuperação de bens móveis e integrados (que incluem altares, forros, azulejaria, etc.); projetos estruturais; de instalações elétrica, hidráulica, sonorização, hidrossanitária; iluminação interna e iluminação cênica; segurança patrimonial; prevenção e combate a incêndio. Após esta etapa, serão contratadas as obras para a restauração total da Igreja, estimadas em R$ 4 milhões.



Segundo Carlos Amorim, a intervenção é parte de uma serie que o IPHAN fará no município. Ao todo, R$ 31 milhões de recursos do PAC Cidades Históricas serão aplicados nas novas obras, que possuem previsão de início para este ano.

A Festa
Devotos da Virgem da Purificação, associações religiosas, filarmônicas e a população de Santo Amaro participaram da procissão ao redor da cidade. O fechamento foi com a benção do Santíssimo Sacramento na praça central da cidade. Mais de 30 mil pessoas participaram da solenidade, entre elas a cantora Maria Betânia, e o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, representando o governo baiano.

(Foto de Vicente)
 
A igreja foi se adaptando aos modismos de cada época
A construção da atual matriz foi iniciada em 1706. Em 1727 encontrava-se coberta e rebocada. Ampliada em 1750, a igreja só foi realmente concluída no final do séc. XVIII. O edifício de planta inscrita em retângulo, apresenta nave e transepto, duas sacristias e tribunas com paredes erguidas em alvenaria mista de pedra e tijolo. Como sua construção demorou quase um século, a igreja foi se adaptando aos modismos de cada época e acabou se convertendo em uma igreja do tipo comum no séc. XVIII. Durante estas modificações o corredor lateral foi transformado em capelas secundárias. Suas fachadas testemunham o lento desenvolvimento das obras incluindo desde janelas com conversadeiras do início do século até janelas de coro com cercadura no estilo D. Maria I, da segunda metade do século. Flanqueando o frontão de volutas com nicho central encontra-se torres com terminações bulbosas revestidas de azulejos. No seu interior, modificado na década de 1920, destacam-se os forros com pintura ilusionista da nave e transepto, dez painéis figurados de azulejo, o acervo de imagens e alfaias.
 
A Igreja (e todo o seu acervo) é tombada pelo IPHAN desde 1941 e está inscrita nos Livros de Tombo Histórico e das Belas Artes.
 
Fonte: Ascom – IPHAN-BA