"Patrimônio Imaterial Brasileiro - A Celebração Viva da Cultura dos Povos" começa nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro
Lugares, expressões,
saberes e ofícios passados e renovados de geração em geração pelo povo
brasileiro são a matéria-prima da exposição ‘Patrimônio Imaterial Brasileiro —
A Celebração Viva da Cultura dos Povos’, que abre nesta sexta-feira (23) e vai até o dia 20 de julho, na Caixa
Cultural, no Centro do Rio de Janeiro. A mostra tem entrada franca e engloba os
30 bens imateriais registrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN), entre eles o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, o
Tambor de Crioula do Maranhão e o acarajé.
“Esse tema é válido por
falar da brasilidade em um momento em que o Brasil está no centro das
discussões políticas, econômicas e sociais. Precisamos valorizar a cultura dos
povos e mostrar a nossa diversidade e riquezas, principalmente agora, que o
país vai sediar o mais importante evento de futebol mundial, a Copa do Mundo”,
analisa Mirna Brasil Portella, uma das idealizadoras do projeto.
Dividida em três
espaços, a mostra multimídia busca aproximar o público da cultura nacional e
diminuir o preconceito entre os povos. “De certo modo, a população sabe pouco
sobre esse patrimônio imaterial. Poucos têm ideia que o modo de preparar o
acarajé, hoje, é um bem imaterial. Por isso, nós criamos três salas. A primeira
é toda branca, sem objetos, apenas as paredes claras. Ali, o objetivo é deixar
registrado que, se um bem cultural não for reconhecido socialmente, ele se
torna invisível. O segundo espaço é dividido em três aldeias: uma que se chama
Povos; a outra, Paisagens, e a terceira, Ofícios. Essa sala tem fotografias e
filmes passando o tempo todo. É um espaço que mostra rostos comuns, hábitos e
lugares que formam o Brasil. Na terceira sala, apresentamos os 30 bens
imateriais registrados”, explica o historiador Luciano Figueiredo, curador da
exposição.
Ele entrega o que o
trabalho tem de mais especial: “Acredito que as pessoas se encantarão com os
detalhes e se identificarão com o projeto. O carioca, por exemplo, vai se
sentir representado pelo jongo do Sudeste, a capoeira e as matrizes do samba.”
Fonte:
Jornal O DIA (RJ)