quinta-feira, 22 de maio de 2014

Exposição registra a importância das tradições para o Brasil


"Patrimônio Imaterial Brasileiro - A Celebração Viva da Cultura dos Povos" começa nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro


Lugares, expressões, saberes e ofícios passados e renovados de geração em geração pelo povo brasileiro são a matéria-prima da exposição ‘Patrimônio Imaterial Brasileiro — A Celebração Viva da Cultura dos Povos’, que abre nesta sexta-feira (23)  e vai até o dia 20 de julho, na Caixa Cultural, no Centro do Rio de Janeiro. A mostra tem entrada franca e engloba os 30 bens imateriais registrados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre eles o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, o Tambor de Crioula do Maranhão e o acarajé.


“Esse tema é válido por falar da brasilidade em um momento em que o Brasil está no centro das discussões políticas, econômicas e sociais. Precisamos valorizar a cultura dos povos e mostrar a nossa diversidade e riquezas, principalmente agora, que o país vai sediar o mais importante evento de futebol mundial, a Copa do Mundo”, analisa Mirna Brasil Portella, uma das idealizadoras do projeto.

Dividida em três espaços, a mostra multimídia busca aproximar o público da cultura nacional e diminuir o preconceito entre os povos. “De certo modo, a população sabe pouco sobre esse patrimônio imaterial. Poucos têm ideia que o modo de preparar o acarajé, hoje, é um bem imaterial. Por isso, nós criamos três salas. A primeira é toda branca, sem objetos, apenas as paredes claras. Ali, o objetivo é deixar registrado que, se um bem cultural não for reconhecido socialmente, ele se torna invisível. O segundo espaço é dividido em três aldeias: uma que se chama Povos; a outra, Paisagens, e a terceira, Ofícios. Essa sala tem fotografias e filmes passando o tempo todo. É um espaço que mostra rostos comuns, hábitos e lugares que formam o Brasil. Na terceira sala, apresentamos os 30 bens imateriais registrados”, explica o historiador Luciano Figueiredo, curador da exposição.

Ele entrega o que o trabalho tem de mais especial: “Acredito que as pessoas se encantarão com os detalhes e se identificarão com o projeto. O carioca, por exemplo, vai se sentir representado pelo jongo do Sudeste, a capoeira e as matrizes do samba.”

Fonte: Jornal O DIA (RJ)