quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Festejo na comunidade de Bananal marca encerramento do projeto Sementes da Chapada


A valorização dos saberes quilombolas ligados à agrobiodiversidade foi um dos resultados alcançados

O Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), com o apoio do IPHAN, encerrou, com uma grande programação, o projeto “Sementes da Chapada: o saber dos quilombolas na preservação da agrobiodiversidade”, desenvolvido nas comunidades de Barra, Bananal e Riacho das Pedras, no município de Rio de Contas (BA), com o objetivo central de promover a valorização do conhecimento tradicional sobre a agrobiodiversidade, com foco nas sementes crioulas, por meio do diálogo entre a identidade cultural, ecologia e educação nas comunidades quilombolas. As atividades festivas aconteçeram no último domingo (17), no quiosque da comunidade de Bananal, e contou com o lançamento do vídeo e da cartilha Diversidade no Quilombo, produzidos durante o projeto.


Segundo as organizadoras do projeto Sementes da Chapada, Catarina Camargo e Maura Pezzato, foram bastantes significativos os resultados alcançados com a finalização deste trabalho, dentre eles: a valorização dos saberes quilombolas ligados à agrobiodiversidade; o mapeamento e documentação realizada com produto impresso e audiovisual, além de sua divulgação na esfera local, regional, estadual e nacional; o resgate e fortalecimento da utilização de sementes nativas e crioulas o que proporciona a preservação deste patrimônio imaterial; a divulgação da importância do patrimônio cultural imaterial dos saberes culturais ligados a conservação da biodiversidade da Chapada Diamantina; o aumento da possibilidade de agregação de valor socioambiental dos produtos locais incluindo a segurança alimentar destas comunidades; e a melhoria da qualidade de vida das comunidades quilombolas. O projeto teve o acompanhamento técnico do IPHAN, através de Maria Paula Adinolfi, Janila Betânia de Oliveira e Marinalva Santos.

“Esperamos que o material, resultado da pesquisa, contribua para que o modo de vida, as expressões e saberes do povo brasileiro possam ser conhecidos, reconhecidos, valorizados e preservados. Que o papel do agricultor familiar seja ressignificado e a biodiversidade vivida, experimentada e apreciada”, ressalta Catarina Camargo. Maura Pezzato completa que “a sabedoria e os modos de viver agricultura são partes do patrimônio cultural brasileiro, como bens de natureza imaterial, e busca valorizar e dar reconhecimento às diversas maneira de viver de um povo”.

Fonte: Ascom – IPHAN - Ba