A valorização dos saberes quilombolas
ligados à agrobiodiversidade foi um dos resultados alcançados
O
Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), com o apoio do IPHAN, encerrou, com uma grande
programação, o projeto “Sementes da Chapada: o saber dos quilombolas na preservação
da agrobiodiversidade”, desenvolvido nas comunidades de Barra, Bananal e Riacho
das Pedras, no
município de Rio de Contas (BA), com o objetivo central de promover a valorização do
conhecimento tradicional sobre a agrobiodiversidade, com foco nas sementes
crioulas, por meio do diálogo entre a identidade cultural, ecologia e educação
nas comunidades quilombolas. As atividades festivas aconteçeram no último domingo (17), no quiosque da
comunidade de Bananal, e contou com o lançamento do vídeo e da cartilha Diversidade no Quilombo, produzidos durante o
projeto.
Segundo as organizadoras do projeto
Sementes da Chapada, Catarina Camargo e Maura Pezzato, foram bastantes significativos
os resultados alcançados com a finalização deste trabalho, dentre eles: a
valorização dos saberes quilombolas ligados à agrobiodiversidade; o mapeamento
e documentação realizada com produto impresso e audiovisual, além de sua
divulgação na esfera local, regional, estadual e nacional; o resgate e
fortalecimento da utilização de sementes nativas e crioulas o que proporciona a
preservação deste patrimônio imaterial; a divulgação da importância do
patrimônio cultural imaterial dos saberes culturais ligados a conservação da
biodiversidade da Chapada Diamantina; o aumento da possibilidade de agregação
de valor socioambiental dos produtos locais incluindo a segurança alimentar
destas comunidades; e a melhoria da qualidade de vida das comunidades
quilombolas. O projeto teve o acompanhamento técnico do IPHAN, através de Maria
Paula Adinolfi, Janila Betânia de Oliveira e Marinalva Santos.
“Esperamos que o material, resultado
da pesquisa, contribua para que o modo de vida, as expressões e saberes do povo
brasileiro possam ser conhecidos, reconhecidos, valorizados e preservados. Que o
papel do agricultor familiar seja ressignificado e a biodiversidade vivida,
experimentada e apreciada”, ressalta Catarina Camargo. Maura Pezzato completa
que “a sabedoria e os modos de viver agricultura são partes do patrimônio
cultural brasileiro, como bens de natureza imaterial, e busca valorizar e dar
reconhecimento às diversas maneira de viver de um povo”.
Fonte: Ascom – IPHAN - Ba