Na pauta, o
tombamento federal do município de Palmeiras
O superintendente do Iphan na Bahia,
Carlos Amorim, recebeu na última sexta-feira (13) a visita do presidente da
Comissão de Cultura da Câmara (CCULT), o deputado Félix Mendonça Júnior,
acompanhado do prefeito do município de Palmeiras, Adriano de Queiroz Alves
(Didico), e o presidente da Associação Beneficente Cultural e Esportiva de
Palmeiras, Herbet Alves.
A pauta principal foi o processo de
tombamento, na esfera federal, de Palmeira, que além de sua beleza natural formada
por serras, grutas, cavernas e cachoeiras, preserva remanescentes
arquitetônicos e culturais do século XIX, testemunhos da época do descobrimento
e exploração das lavras de diamantes na Bahia. Palmeiras está localizada na Chapada
Diamantina Central, região que abrange total ou parcialmente os municípios de
Lençóis, Andaraí, Mucugê, Igatu, Seabra, Itaeté, Ibicoara e Iraquara.
Palmeiras faz parte da Unidade de
Conservação e do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PARNA). Na cidade
há um importante patrimônio histórico, facilmente observado nos casarões
localizados na Praça José Gonçalves, na Rua Rui Barbosa, ou o Cine Teatro
construído na Rua 15 de Janeiro na década de 30. No município já são
tombados pelo Iphan o conjunto paisagístico do Morro do Pai Inácio e Rio
Mucugezinho.
Carlos Amorim assegurou que irá
acelerar os estudos visando o tombamento de Palmeiras, solicitado ao Iphan em 1998,
e assim “garantir a preservação histórico, cultural, arquitetônico e
ambiental desta importante cidade da Chapada Diamantina”. Para o prefeito
Didico, com o tombamento o município irá alavancar melhorias na infraestrutura
e benefícios de caráter econômico, sem perder o seu valioso patrimônio
histórico, que é um dos mais belos e importante conjunto arquitetônico da
Chapada.
O presidente da CCULT, deputado Félix Mendonça
Júnior, elogiou a atuação do Iphan na Bahia e reafirmou a importância do PAC
Cidades Históricas para o Brasil, cuja proposta é buscar a recuperação e a revitalização das cidades, a
restauração de monumentos protegidos, o desenvolvimento econômico e social e
dar suporte às cadeias produtivas locais, com a promoção do patrimônio
cultural.
História da cidade de Palmeiras
Entre 1815 e 1819, Joaquim Pereira dos
Santos, lavrador residente no lugar conhecido por "Olhos
D′água", adquiriu um pedaço de terra do Sargento-mor Francisco da Rocha
Medrado, e aí construiu duas casas, tomando a fazenda o nome de Palmeiras.
Fixaram-se às margens do riacho
Lajedinho, garimpeiros procedentes de Santa Isabel do Parguassu (Mucugê) que
procuravam diamantes e carbonatos. Com a descoberta de jazidas de diamantes no
riacho Lajedinho, cedo se formou um arraial. Em 1864, o Arraial de Palmeiras já
era um lugar florescente, que atraía garimpeiros das lavras de Lençóis e
Andaraí.
Em 1865, Monsenhor Lino da Silveira
Gusmão, vigário da Freguesia de Lençóis, deu início a construção de uma capela
que foi terminada pelo coletor estadual José Xavier Alves.
Na administração do presidente da
Província da Bahia, Desembargador Antônio Luís Afonso de Carvalho, a Lei nº
2651, de 14 de maio de 1889, elevou a povoação das Palmeiras a distrito de paz
e subordinada ao município de Lençóis.
Por Ato do Governador do Estado, de 23
de dezembro de 1890, elevada à categoria de vila com a denominação de Vila Bela
das Palmeiras e criado o município do mesmo nome, com território desmembrado do
de Lençóis, tendo por limites os distritos da Serra Negra e de Capão Grande.
Fonte: Ascom – Iphan – Ba