segunda-feira, 16 de março de 2015

Iphan-Ba recebe deputado Félix Júnior, presidente da CCULT


Na pauta, o tombamento federal do município de Palmeiras
  
O superintendente do Iphan na Bahia, Carlos Amorim, recebeu na última sexta-feira (13) a visita do presidente da Comissão de Cultura da Câmara (CCULT), o deputado Félix Mendonça Júnior, acompanhado do prefeito do município de Palmeiras, Adriano de Queiroz Alves (Didico), e o presidente da Associação Beneficente Cultural e Esportiva de Palmeiras, Herbet Alves.


A pauta principal foi o processo de tombamento, na esfera federal, de Palmeira, que além de sua beleza natural formada por serras, grutas, cavernas e cachoeiras, preserva remanescentes arquitetônicos e culturais do século XIX, testemunhos da época do descobrimento e exploração das lavras de diamantes na Bahia. Palmeiras está localizada na Chapada Diamantina Central, região que abrange total ou parcialmente os municípios de Lençóis, Andaraí, Mucugê, Igatu, Seabra, Itaeté, Ibicoara e Iraquara.

Palmeiras faz parte da Unidade de Conservação e do Parque Nacional da Chapada Diamantina (PARNA). Na cidade há um importante patrimônio histórico, facilmente observado nos casarões localizados na Praça José Gonçalves, na Rua Rui Barbosa, ou o Cine Teatro construído na Rua 15 de Janeiro na década de 30. No município já são tombados pelo Iphan o conjunto paisagístico do Morro do Pai Inácio e Rio Mucugezinho.

Carlos Amorim assegurou que irá acelerar os estudos visando o tombamento de Palmeiras, solicitado ao Iphan em 1998, e assim “garantir a preservação histórico, cultural, arquitetônico e ambiental desta importante cidade da Chapada Diamantina”. Para o prefeito Didico, com o tombamento o município irá alavancar melhorias na infraestrutura e benefícios de caráter econômico, sem perder o seu valioso patrimônio histórico, que é um dos mais belos e importante conjunto arquitetônico da Chapada.

O presidente da CCULT, deputado Félix Mendonça Júnior, elogiou a atuação do Iphan na Bahia e reafirmou a importância do PAC Cidades Históricas para o Brasil, cuja proposta é buscar a recuperação e a revitalização das cidades, a restauração de monumentos protegidos, o desenvolvimento econômico e social e dar suporte às cadeias produtivas locais, com a promoção do patrimônio cultural.


  
História da cidade de Palmeiras

Entre 1815 e 1819, Joaquim Pereira dos Santos, lavrador residente no lugar conhecido por "Olhos D′água", adquiriu um pedaço de terra do Sargento-mor Francisco da Rocha Medrado, e aí construiu duas casas, tomando a fazenda o nome de Palmeiras.

Fixaram-se às margens do riacho Lajedinho, garimpeiros procedentes de Santa Isabel do Parguassu (Mucugê) que procuravam diamantes e carbonatos. Com a descoberta de jazidas de diamantes no riacho Lajedinho, cedo se formou um arraial. Em 1864, o Arraial de Palmeiras já era um lugar florescente, que atraía garimpeiros das lavras de Lençóis e Andaraí.

Em 1865, Monsenhor Lino da Silveira Gusmão, vigário da Freguesia de Lençóis, deu início a construção de uma capela que foi terminada pelo coletor estadual José Xavier Alves.

Na administração do presidente da Província da Bahia, Desembargador Antônio Luís Afonso de Carvalho, a Lei nº 2651, de 14 de maio de 1889, elevou a povoação das Palmeiras a distrito de paz e subordinada ao município de Lençóis.

Por Ato do Governador do Estado, de 23 de dezembro de 1890, elevada à categoria de vila com a denominação de Vila Bela das Palmeiras e criado o município do mesmo nome, com território desmembrado do de Lençóis, tendo por limites os distritos da Serra Negra e de Capão Grande.

Fonte: Ascom – Iphan – Ba